Resumo dos principais pontos do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, realizado em Valência, na Espanha, revela que algumas perdas ao meio ambiente são irreversíveis
Valência, Espanha (AFP) - Abaixo estão as principais conclusões do quarto informe do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC), destinado aos dirigentes do mundo e que fala em perdas irreversíveis ao meio ambiente. Entre alguns exemplos, estão o derretimento do gelo nas calotas polares, a desertificação rápida de zonas atualmente ocupadas por florestas e o aumento em grandes percentuais do efeito estufa.
A desertificação da Amazônia e o resfriamento da Europa são algumas das alterações possíveis citadas pelo relatório que também prevê a ocorrência de eventos repentinos - como ondas de extinção. O novo documento foi divulgado oficialmente adotado neste sábado, em Valência, na Espanha.
Os especialistas do IPCC, patrocinados pela ONU, pedem mais eficiência no uso da energia em prédios, casas, nos automóveis, defendendo as variedades técnicas solar ou nuclear, consideradas mais limpas. E elaboraram uma síntese de vinte páginas que servirá de referência para os próximos anos em termos de mudança climática, a poucas semanas para a conferência que será realizada em Bali, na Indonésia.
AVALIAÇÃO CIENTÍFICA:
- A mudança climática é "irreversível" e as emissões de gases de efeito estufa provocadas pelas atividades humanas (principalmente pelo gás, o carvão e o petróleo) são responsáveis (em 90%) pelo aumento das temperaturas nos últimos 100 anos (+0,74º C). O CO@ lançado até agora pelas atividades humanas permanecerá ainda por muitos anos na atmosfera, com efeitos para o clima global.
- A temperatura mundial deve aumentar entre 1,1 e 6,4°C em relação a 1980-1999 até 2100, com um valor médio mais seguramente compreendido entre 1,8 e 4°C. O aquecimento será mais importante nos continentes e nas latitudes mais elevadas.
- O nível dos oceanos poderá, segundo as previsões, subir de 0,18 m a 0,59 m no final do século em relação ao período 1980-1999.
- Os calores extremos, ondas de calor e fortes chuvas continuarão sendo mais freqüentes e os ciclones tropicais, tufões e furacões, mais intensos.
- As chuvas serão mais intensas nas latitudes mais elevadas, mas diminuirão na maioria das regiões emersas subtropicais.
- O aumento da temperatura foi duas vezes mais importante no Pólo Norte do que na média mundial nos últimos 100 anos, provocando o derretimento acelerado da camada de gelo.
PRINCIPAIS IMPACTOS:
- "A mudança climática antropogênico (de origem humana) e suas conseqüêbcuas podem ser repentinas ou irreversíveis".
- Inúmeros sistemas naturais já estão afetados e os mais ameaçados são a tunda, as florestas setentrionais, as montanhas, os ecossistemas mediterrâneos e as regiões costeiras.
- Até 2050, a disponibilidade de água deve aumentar nas latitudes elevadas e em certas regiões tropicais úmidas, mas a seque deve se intensificar nas regiões já afetadas.
- 20 a 30% das espécies vegetais e animais estarão ameaçadas de extinção se a temperatura mundial aumentar de 1,5 a 2,5°C em relação a 1990.
- A produção agrícola deve aumentar levemente nas regiões de médias e altas latitudes (frias) se o aumento da temperatura se limitar a menos de 3°C, mas poderá diminuir se ultrapassar esse limite. Nas regiões secas e tropicais diminuirão tão logo ocorra um aumento local das temperaturas de 1 a 2°C.
- A saúde de milhões de pessoas se verá sem dúvida afetada pela desnutrição, a morte e as enfermidades vinculadas às ondas de calor, inundações, secas, tempestades e incêndios.
- Nas regiões polares serão reduzidos as geleiras e os bancos de gelo. No polo norte, o banco de gelo poderá desaparecer antes do final do século XXI.
- O aumento do nível do mar ameaçará as pequenas ilhas.
- Na Europa, as inundações, a diminuição da camada de neve e as ondas de calor colocarão em perigo inúmeras atividades econômicas.
ADAPTAÇÃO E POSSÍVEIS SOLUÇÕES:
- De 1970 a 2004, a emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pela mudança climática, aumentaram 70% e, inclusive, 80% no caso do dióxido de carbono (CO2), o mais importante deles.
- Todos os setores econômicos estão envolvidos na redução dessas emissões até 2030.
- As medidas suscetíveis de limitar o aquecimento climático entre +2ºC e +2,5ºC, até 2100 em relação a 1990, terão um impacto inferior em menos dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2030.
- As energias renováveis terão um papel cada vez mais importante depois de 2030, assim como as reservas de CO2. A atividade nuclear também desempenhará um papel crescente.
domingo, 18 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Pense várias vezes antes de jogar fora
Resíduos que normalmente vão para o lixo são fontes de energia baratas e menos poluentes
Diogo Dantas
Rio - Responda rápido: o que você faz com o óleo usado para fritar aquele ovo delicioso? Se você lembrou que descarta na pia o resíduo utilizado pode se considerar um grande colaborador dos problemas com o meio ambiente e até das mudanças climáticas em curso. O óleo de cozinha e outros dejetos que aparentemente não teriam nenhuma forma de reutilização podem ser utilizados como fontes de energia na criação do biodiesel.
De acordo com Vinícius Fagundes, pesquisador da Coope, outros rejeitos além do óleo de cozinha podem servir de matéria-prima para produzir o combustível. "Óleo de peixe, Gordura de galinha, gordura de esgoto, grassa suína, sebo bovino e qualquer outro material poluidor que teria como destino o aterro sanitário pode ser utilizado", enumera.
O pesquisador lembra que ao descartar o óleo de cozinha na pia de casa, a tubulação é entupida porque a substância ao esfriar se une a outros contaminantes e engrossa. Fagundes alerta que caso a quantidade de eliminação seja muito alta em determinada rua, o óleo pode entupir a rede pública de esgoto. “Com isso as bombas de esgoto têm que fazer mais força, e o bueiro acaba vazando".
Quem nunca viu a rua alagada sem uma gota de chuva caindo. Pois é. A consciência de acumular o produto não dá o menor trabalho. Basta juntar o resíduo após usá-lo na cozinha em uma garrafa PET. Depois de encher algumas, é só ligar para alguma cooperativa que recolha o óleo(Veja o serviço ao final do texto). Ou pode vender o que acumular em casa para uma distribuidora que mistura o diesel com o biodiesel. O litro está custando cerca de R$ 0,60.
Vantagem econômica
Ainda há outra vantagem em fabricar o biodiesel a partir das substâncias mais repugnantes a um primeiro olhar. O combustível possui características lubrificantes, polui menos, já que não leva ácido sulfúrico, e não contribui para agravar o efeito estufa e o aumento da temperatura do planeta. A decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera, um dos principais gases que causam o efeito estufa. O óleo muitas vezes vai para o ralo da pia e acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto. " Se for criado mercado para isso, vai haver mais incentivo", reforça Vinícius Fagundes.
Um engenheiro panamenho afirmou nesta sexta-feira que utilizou sem problemas o biodiesel criado a partir de óleo de cozinha. Com 75% de óleo usado e 25% de diesel para encher o tanque de sua caminhonete, o mecânico do engenheiro avaliou que o veículo funciona sem problema. O combustível alternativo pode ser usado em qualquer medida junto ao diesel feito a partir de petróleo. Mas o governo regulamenta o uso obrigatório de 2% de biodiesel misturado ao diesel comum.
Segundo o pesquisador da Coope, o Brasil tem a capacidade de produzir 700 bilhões de litros de biodiesel por ano, quase equivalente ao consumo mundial. " O único problema é monopolizar essa produção, para não gerar conflitos e disputas políticas como acontece no oriente Médio com o petróleo". ressalta.
Consumidor consciente deve pensar prevenção
A consultora do instituto Akatu para o Consumo Consciente, Maluh Barciotte, enfatiza que, ao consumir, não notamos o que foi explorado como matéria -prima de determinado produto, por isso é necessária uma consciência que dê mais valor á prevenção.
"Historicamente a mudança foi muito rápida. Em 1960, toda a população humana, que era uns 3 bilhões de pessoas, consumia 50 % da capacidade de regeneração dos recursos da Terra. De lá para cá, hoje a gente consome 30% a mais que a capacidade de regeneração do planeta. Seriam necessários mais três planetas se todos consumissem como os americanos", alerta.
A especialista diz que para que a nossa relação com o meio ambiente se modifique, é necessário pensar sempre na prevenção, e usa o exemplo do plano de saúde para explicar como deve-se fazer. " Eu não posso pagar um plano de saúde esperando um câncer aos 40 anos. Tenho que prevenir, me alimentar bem, fazer exercícios".
Para que haja essa consciência, Maluh destaca o papel das escolas, que, segundo ela, estão deixando a desejar. "Nós apreendemos através da prática, e as escolas ainda se baseiam na palavra para ensinar as coisas. Falamos de poupar a água e a criança vê um monte de pia vazando. Fala-se de boa alimentação e as cantinas vendem grandes porcarias. Então temos que olhar as causas, não ficar fazendo demagogia".
Quiosques coletarão óleo de cozinha para reciclagem
Na última sexta-feira, dia primeiro, os quiosques do Leme e de Copacabana passaram a coletar o óleo utilizado em frituras e cozimentos, proveniente do preparo de alimentos para os freqüentadores. A coleta será realizada uma vez por semana e os quiosqueiros receberão R$0,50 por cada litro do material. Para realizar o trabalho, a concessionária Orla Rio firmou uma parceria com a empresa M.B.R. Comércio de Materiais Recicláveis, que está distribuindo tonéis com capacidade de 50 litros para cada unidade.
“A expectativa é que em 15 dias todos os 309 quiosques da orla estejam com os tonéis e que sejam recolhidos, inicialmente, entre 5 e 10 mil litros de óleo por mês. Toda a produção será destinada à fabricação de sabão”, afirmou João Marcello Barreto, vice presidente da Orla Rio.
Uma frota de 30 veículos fará o recolhimento do óleo. A M.B.R. Comércio de Materiais Recicláveis conta com o apoio de cerca de 85 funcionários e possui uma central em Caxias, onde o óleo recolhido passa por um processo de decantação para, depois, ser vendido na forma de sabão. Por mês, são recolhidos, em média, 450 mil litros de resíduos pela M.B.R.
“É importante que o quiosqueiro tenha alguns cuidados, como não despejar o óleo quente nos recipientes plásticos, e evitar que elementos sólidos sejam descartados junto ao óleo”, alertou o diretor da empresa, Maurício Braga Rocha.
Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha
Material
5 litros de óleo de cozinha usado
Rio - Responda rápido: o que você faz com o óleo usado para fritar aquele ovo delicioso? Se você lembrou que descarta na pia o resíduo utilizado pode se considerar um grande colaborador dos problemas com o meio ambiente e até das mudanças climáticas em curso. O óleo de cozinha e outros dejetos que aparentemente não teriam nenhuma forma de reutilização podem ser utilizados como fontes de energia na criação do biodiesel.
De acordo com Vinícius Fagundes, pesquisador da Coope, outros rejeitos além do óleo de cozinha podem servir de matéria-prima para produzir o combustível. "Óleo de peixe, Gordura de galinha, gordura de esgoto, grassa suína, sebo bovino e qualquer outro material poluidor que teria como destino o aterro sanitário pode ser utilizado", enumera.
O pesquisador lembra que ao descartar o óleo de cozinha na pia de casa, a tubulação é entupida porque a substância ao esfriar se une a outros contaminantes e engrossa. Fagundes alerta que caso a quantidade de eliminação seja muito alta em determinada rua, o óleo pode entupir a rede pública de esgoto. “Com isso as bombas de esgoto têm que fazer mais força, e o bueiro acaba vazando".
Quem nunca viu a rua alagada sem uma gota de chuva caindo. Pois é. A consciência de acumular o produto não dá o menor trabalho. Basta juntar o resíduo após usá-lo na cozinha em uma garrafa PET. Depois de encher algumas, é só ligar para alguma cooperativa que recolha o óleo(Veja o serviço ao final do texto). Ou pode vender o que acumular em casa para uma distribuidora que mistura o diesel com o biodiesel. O litro está custando cerca de R$ 0,60.
Vantagem econômica
Ainda há outra vantagem em fabricar o biodiesel a partir das substâncias mais repugnantes a um primeiro olhar. O combustível possui características lubrificantes, polui menos, já que não leva ácido sulfúrico, e não contribui para agravar o efeito estufa e o aumento da temperatura do planeta. A decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera, um dos principais gases que causam o efeito estufa. O óleo muitas vezes vai para o ralo da pia e acaba chegando no oceano pelas redes de esgoto. " Se for criado mercado para isso, vai haver mais incentivo", reforça Vinícius Fagundes.
Um engenheiro panamenho afirmou nesta sexta-feira que utilizou sem problemas o biodiesel criado a partir de óleo de cozinha. Com 75% de óleo usado e 25% de diesel para encher o tanque de sua caminhonete, o mecânico do engenheiro avaliou que o veículo funciona sem problema. O combustível alternativo pode ser usado em qualquer medida junto ao diesel feito a partir de petróleo. Mas o governo regulamenta o uso obrigatório de 2% de biodiesel misturado ao diesel comum.
Segundo o pesquisador da Coope, o Brasil tem a capacidade de produzir 700 bilhões de litros de biodiesel por ano, quase equivalente ao consumo mundial. " O único problema é monopolizar essa produção, para não gerar conflitos e disputas políticas como acontece no oriente Médio com o petróleo". ressalta.
Consumidor consciente deve pensar prevenção
A consultora do instituto Akatu para o Consumo Consciente, Maluh Barciotte, enfatiza que, ao consumir, não notamos o que foi explorado como matéria -prima de determinado produto, por isso é necessária uma consciência que dê mais valor á prevenção.
"Historicamente a mudança foi muito rápida. Em 1960, toda a população humana, que era uns 3 bilhões de pessoas, consumia 50 % da capacidade de regeneração dos recursos da Terra. De lá para cá, hoje a gente consome 30% a mais que a capacidade de regeneração do planeta. Seriam necessários mais três planetas se todos consumissem como os americanos", alerta.
A especialista diz que para que a nossa relação com o meio ambiente se modifique, é necessário pensar sempre na prevenção, e usa o exemplo do plano de saúde para explicar como deve-se fazer. " Eu não posso pagar um plano de saúde esperando um câncer aos 40 anos. Tenho que prevenir, me alimentar bem, fazer exercícios".
Para que haja essa consciência, Maluh destaca o papel das escolas, que, segundo ela, estão deixando a desejar. "Nós apreendemos através da prática, e as escolas ainda se baseiam na palavra para ensinar as coisas. Falamos de poupar a água e a criança vê um monte de pia vazando. Fala-se de boa alimentação e as cantinas vendem grandes porcarias. Então temos que olhar as causas, não ficar fazendo demagogia".
Quiosques coletarão óleo de cozinha para reciclagem
Na última sexta-feira, dia primeiro, os quiosques do Leme e de Copacabana passaram a coletar o óleo utilizado em frituras e cozimentos, proveniente do preparo de alimentos para os freqüentadores. A coleta será realizada uma vez por semana e os quiosqueiros receberão R$0,50 por cada litro do material. Para realizar o trabalho, a concessionária Orla Rio firmou uma parceria com a empresa M.B.R. Comércio de Materiais Recicláveis, que está distribuindo tonéis com capacidade de 50 litros para cada unidade.
“A expectativa é que em 15 dias todos os 309 quiosques da orla estejam com os tonéis e que sejam recolhidos, inicialmente, entre 5 e 10 mil litros de óleo por mês. Toda a produção será destinada à fabricação de sabão”, afirmou João Marcello Barreto, vice presidente da Orla Rio.
Uma frota de 30 veículos fará o recolhimento do óleo. A M.B.R. Comércio de Materiais Recicláveis conta com o apoio de cerca de 85 funcionários e possui uma central em Caxias, onde o óleo recolhido passa por um processo de decantação para, depois, ser vendido na forma de sabão. Por mês, são recolhidos, em média, 450 mil litros de resíduos pela M.B.R.
“É importante que o quiosqueiro tenha alguns cuidados, como não despejar o óleo quente nos recipientes plásticos, e evitar que elementos sólidos sejam descartados junto ao óleo”, alertou o diretor da empresa, Maurício Braga Rocha.
Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha
Material
5 litros de óleo de cozinha usado
2 litros de água 200 ml de amaciante
1 kg de soda cáustica em escama
Preparo
Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente
Coloque, com cuidado, a água fervendo
Mexa até diluir todas as escamas da soda
Adicione o óleo e mexa
Adicione o amaciante e mexa novamente
Jogue a mistura numa fôrma e espere secar
Corte o sabão em barras
ATENÇÃO:
A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.
Disque Óleo: (21) 22603326 ou 78279446. contato@disqueoleo.com.br
Disque Óleo: (21) 22603326 ou 78279446. contato@disqueoleo.com.br
Rússia tenta evitar desastre ambiental depois de vazamento de combustível de navio
Rússia - A mancha de combustível que vazou neste domingo do navio petroleiro Volga-Neft atingiu nesta segunda-feira a costa russa no estreito de Kerch, que separa o Mar Negro e o Mar de Azov, informaram as autoridades portuárias russas. As autoridades locais mobilizaram cerca de cem pessoas para participar das tarefas de limpeza do combustível que vazou, estimado em 1,2 mil t.
O subdiretor do Serviço Federal de Proteção da Natureza da Rússia, Oleg Mitvol, afirmou no domingo que "as tarefas para restabelecer o estado ecológico do estreito levarão meses".
O navio Volga-Neft se partiu em dois na madrugada de domingo perto do porto russo Kavkaz, no estreito de Kerch. Os 13 tripulantes do petroleiro sobreviveram ao acidente e foram resgatados horas depois.
No domingo, ventos de até 100 km/h e ondas de cinco metros transformaram o porto em uma zona de catástrofe. Cinco embarcações naufragaram e quase vinte marinheiros estão desaparecidos.
Segundo o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, as equipes de resgate encontraram perto da península russa de Tuzla os corpos de três tripulantes do navio Najichevan, que transportava enxofre. Vários helicópteros e 20 navios de salvamento buscam outros cinco tripulantes do navio e das outras embarcações que naufragaram na região.
As informações são da EFE
O subdiretor do Serviço Federal de Proteção da Natureza da Rússia, Oleg Mitvol, afirmou no domingo que "as tarefas para restabelecer o estado ecológico do estreito levarão meses".
O navio Volga-Neft se partiu em dois na madrugada de domingo perto do porto russo Kavkaz, no estreito de Kerch. Os 13 tripulantes do petroleiro sobreviveram ao acidente e foram resgatados horas depois.
No domingo, ventos de até 100 km/h e ondas de cinco metros transformaram o porto em uma zona de catástrofe. Cinco embarcações naufragaram e quase vinte marinheiros estão desaparecidos.
Segundo o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, as equipes de resgate encontraram perto da península russa de Tuzla os corpos de três tripulantes do navio Najichevan, que transportava enxofre. Vários helicópteros e 20 navios de salvamento buscam outros cinco tripulantes do navio e das outras embarcações que naufragaram na região.
As informações são da EFE
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Monitoramento de emissões de gases
Começa hoje o programa de monitoramento de emissões de gases da frota de carros em circulação em São Paulo.
O prefeito Gilberto Kassab dá inicio a ação em cerimônia esta manhã, no Estádio do Pacaembu, na capital. Estima-se que, em 12 meses, sejam feitas mais de 750 mil leituras, o que resulta em 480 mil ou mais identificações válidas.
O equipamento de sensoriamento remoto, que ficará em cada endereço escolhido por período de uma semana, está regulado para ler emissões de veículos movidos a álcool, gasolina e gás. A medição é efetuada com os carros em movimento, sem obstáculos. O sensoriamento será realizado em 52 pontos do município.
Os dados obtidos darão panorama das condições da frota por tipo de veículo, ano de fabricação, modelo e outros fatores, e poderão ser utilizados para o desenvolvimento de ações de educação ambiental. O sistema também capta e digitaliza imagens do veículo e de sua chapa, bem como velocidade e aceleração. As informações são usadas para validar o teste e identificar veículos poluidores, automóveis que rodam irregularmente e, no futuro, ajudará a monitorar a eficiência da Inspeção Veicular Ambiental de São Paulo.
A ESP (Environmental Systems Products), responsável pela tecnologia Remote Sensing, tem experiência comprovada nos Estados Unidos e em países como Áustria, Canadá, México, Hungria, Coréia, Suécia, Suíça, Taiwan e Tailândia. Atualmente, são realizadas anualmente 16 milhões de inspeções por meio dessa tecnologia. Durante os últimos 25 anos, a ESP tem concentrado recursos na indústria de inspeção/manutenção deste tipo de programa. É também a pioneira na indústria de testes de segurança veicular.
O prefeito Gilberto Kassab dá inicio a ação em cerimônia esta manhã, no Estádio do Pacaembu, na capital. Estima-se que, em 12 meses, sejam feitas mais de 750 mil leituras, o que resulta em 480 mil ou mais identificações válidas.
O equipamento de sensoriamento remoto, que ficará em cada endereço escolhido por período de uma semana, está regulado para ler emissões de veículos movidos a álcool, gasolina e gás. A medição é efetuada com os carros em movimento, sem obstáculos. O sensoriamento será realizado em 52 pontos do município.
Os dados obtidos darão panorama das condições da frota por tipo de veículo, ano de fabricação, modelo e outros fatores, e poderão ser utilizados para o desenvolvimento de ações de educação ambiental. O sistema também capta e digitaliza imagens do veículo e de sua chapa, bem como velocidade e aceleração. As informações são usadas para validar o teste e identificar veículos poluidores, automóveis que rodam irregularmente e, no futuro, ajudará a monitorar a eficiência da Inspeção Veicular Ambiental de São Paulo.
A ESP (Environmental Systems Products), responsável pela tecnologia Remote Sensing, tem experiência comprovada nos Estados Unidos e em países como Áustria, Canadá, México, Hungria, Coréia, Suécia, Suíça, Taiwan e Tailândia. Atualmente, são realizadas anualmente 16 milhões de inspeções por meio dessa tecnologia. Durante os últimos 25 anos, a ESP tem concentrado recursos na indústria de inspeção/manutenção deste tipo de programa. É também a pioneira na indústria de testes de segurança veicular.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Cientistas propõem abandonar Kioto e voltar a investir em pesquisa
Cientistas propõem abandonar Kioto e voltar a investir em pesquisa
(Embargada até as 15h de Brasília) Londres, 24 out (EFE).- Dois analistas britânicos afirmam hoje que é hora de esquecer o Protocolo de Kioto, que "fracassou como instrumento para reduzir as emissões" de CO2, e pensar em fortes investimentos públicos no desenvolvimento de tecnologias limpas.
Em um artigo na revista "Nature", Gwyn Prins, da London School of Economics, e Steve Rayner, do Instituto James Martin, de Oxford, defendem, entre outras coisas, aumentar o orçamento público de países ricos destinado a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que permitam maiores economias energéticas.
"Parece razoável esperar que as principais economias do mundo dediquem tanto dinheiro a esse desafio quanto gastam atualmente em pesquisa militar: no caso dos Estados Unidos, cerca de US$ 80 bilhões ao ano", afirmam os dois cientistas.
Nesse sentido, eles afirmam que, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) prevê a duplicação da demanda mundial de energia em relação à atual dentro de 25 anos, desde 1980 houve uma redução de 40% dos orçamentos públicos destinados a pesquisa e desenvolvimento nesse campo no mundo todo.
Segundo Prins e Rayner, o setor de pesquisa e desenvolvimento é uma causa que convém a todo o espectro político: em 1992, o então candidato à Vice-Presidência dos Estados Unidos Al Gore propôs uma "iniciativa ambiental estratégica como parte de sua visão de um plano Marshall global".
O conservador American Entreprise Institute, de Washington, também apóia a pesquisa básica sobre tecnologias limpas.
Em seu comentário, os especialistas analisam o que classificaram de fracasso de Kioto e dizem que o tratado foi construído exatamente como três outros anteriores relativos à destruição da camada de ozônio na estratosfera, à chuva ácida devido às emissões sulfurosas e à redução dos arsenais nucleares.
Os artífices do Protocolo de Kioto pensaram que "a melhor maneira de atacar a mudança climática seria controlar as emissões globais, ou seja, tratando as toneladas de dióxido de carbono como se fossem armas nucleares que deveriam ser reduzidas estabelecendo metas e calendários mutuamente verificáveis".
Esse enfoque funcionou nos outros três casos porque, embora fossem problemas difíceis, "eram relativamente simples em comparação com a mudança climática", dizem Prins e Rayner, segundo os quais o tratado depende da "criação de um mercado global de CO2 pelo qual os países podem comprar e vender as emissões atribuídas".
"Sem um aumento significativo dos programas de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas financiados com fundos públicos e mudanças nas políticas de inovação (tecnológica), haverá muito tempo antes de a inovação responder" a esse estímulo.
Se a mudança climática é uma ameaça grave para o futuro do planeta, é hora de "interromper o ciclo", dizem os dois analistas.
Os especialistas denunciam ainda que o Protocolo de Kioto tem várias lacunas que permitiram que muitos "se beneficiassem com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo praticamente sem atingir o nível de emissões" e criticam a idéia central do tratado, de que a redução das emissões é um problema que exige o consenso entre mais de 170 países.
"Alinhar todos os países do mundo pode soar idealista - contra uma ameaça comum é preciso dar uma resposta universal -, mas quanto mais partes houver em uma negociação mais baixo é o denominador comum para se chegar a um acordo, o que ocorreu em Kioto", dizem.
Deve-se reconhecer, segundo eles, que menos de 20 países são responsáveis por aproximadamente 80% das emissões de carbono do mundo, e, enquanto a política de redução de emissões está em suas primeiras fases, "os outros 150 países são apenas um obstáculo", afirmam. EFE jr ev/dgr
Grandes extinções do passado estão ligadas ao aquecimento global

Grandes extinções do passado estão ligadas ao aquecimento global
PARIS (AFP) - O aquecimento global poderá provocar a sexta onda de extinção de espécies nos próximos séculos, adverte um estudo que estabelece um vínculo entre o aumento das temperaturas e os desaparecimentos em massa de animais nos últimos 500 milhões de anos.
Cada um dos cinco períodos precedentes de queda brusca na biodiversidade - incluindo o que provocou o desaparecimento de 95% das espécies - corresponde a um período de aquecimento global, destaca o estudo publicado pela revista britânica Proceedings of the Royal Society.
As altas de temperatura previstas para os próximos séculos são comparáveis às registradas nos picos do efeito estufa ocorridos no passado, destaca Peter Mayhew, principal autor do estudo, que prevê que "as extinções vão se multiplicar".
Segundo especialistas do painel da ONU sobre o clima, o aquecimento climático até o final do século será de entre 1,1°C e 6,4°C, em relação às temperaturas das últimas décadas do século XX.
Estudos precedentes permitiram estabelecer um modelo de mudança climática e encontrar as causas de certas extinções em massa, mas a correlação entre ambos ainda não havia sido estabelecida sistematicamente sobre um período muito longo.
O estudo divulgado hoje é baseado nos trabalhos de três cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, que calcularam a temperatura superficial dos oceanos a partir dos níveis de pH e oxigênio nos fósseis.
Determinaram assim as flutuações - ao longo de dezenas de milhões de anos - entre períodos "com efeito estufa" e períodos "glaciais".
Ao contrário do que poderia sugerir a abundância atual de fauna e flora nas regiões úmidas, a biodiversidade era maior durante os períodos frios.
O estudo não se concentra nas razões do aquecimento global - como a explosão de um vulcão gigante, impacto de um asteróide, ciclo natural ou atividade humana -, apenas em suas conseqüências.
PARIS (AFP) - O aquecimento global poderá provocar a sexta onda de extinção de espécies nos próximos séculos, adverte um estudo que estabelece um vínculo entre o aumento das temperaturas e os desaparecimentos em massa de animais nos últimos 500 milhões de anos.
Cada um dos cinco períodos precedentes de queda brusca na biodiversidade - incluindo o que provocou o desaparecimento de 95% das espécies - corresponde a um período de aquecimento global, destaca o estudo publicado pela revista britânica Proceedings of the Royal Society.
As altas de temperatura previstas para os próximos séculos são comparáveis às registradas nos picos do efeito estufa ocorridos no passado, destaca Peter Mayhew, principal autor do estudo, que prevê que "as extinções vão se multiplicar".
Segundo especialistas do painel da ONU sobre o clima, o aquecimento climático até o final do século será de entre 1,1°C e 6,4°C, em relação às temperaturas das últimas décadas do século XX.
Estudos precedentes permitiram estabelecer um modelo de mudança climática e encontrar as causas de certas extinções em massa, mas a correlação entre ambos ainda não havia sido estabelecida sistematicamente sobre um período muito longo.
O estudo divulgado hoje é baseado nos trabalhos de três cientistas da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, que calcularam a temperatura superficial dos oceanos a partir dos níveis de pH e oxigênio nos fósseis.
Determinaram assim as flutuações - ao longo de dezenas de milhões de anos - entre períodos "com efeito estufa" e períodos "glaciais".
Ao contrário do que poderia sugerir a abundância atual de fauna e flora nas regiões úmidas, a biodiversidade era maior durante os períodos frios.
O estudo não se concentra nas razões do aquecimento global - como a explosão de um vulcão gigante, impacto de um asteróide, ciclo natural ou atividade humana -, apenas em suas conseqüências.
domingo, 14 de outubro de 2007
Brasileiros entre os vencedores do Nobel da Paz
Internacional 13.10.2007 - 13:35
Brasileiros entre os vencedores do Nobel da Paz
Nove brasileiros fazem parte da equipe de cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, que levou nessa sexta-feira o Prêmio Nobel da Paz junto com o ex-vice-presidente americano Al Gore.
Para o climatologista José Marengo, um dos cientistas brasileiros no painel, o prêmio ajudará a mostrar que os alarmes por conta do aquecimento global "não são parte de uma conspiração política, mas de uma realidade que temos que enfrentar agora."
Apesar dos nove brasileiros em seu quadro, a maior parte dos três mil cientistas do IPCC são americanos. O prêmio de US$ 1,5 milhão - 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 2,8 milhões - será dividido entre os dois vencedores.
O Nobel da Paz anunciado ontem confirmou a importância que o meio ambiente ganhou para o mundo nos últimos anos. O alerta para a emergência global do tema veio do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vencedores do prêmio. O título já foi concedido pela ONU a ativistas de direitos humanos, pesquisadores e economistas, entre outros. O alarme soou também no Rio de Janeiro.
O prêmio de US$ 1,5 milhão (R$ 2,8 milhões) vai ser dividido entre Gore, que prometeu doar sua fatia, e o IPCC, que tem 2,5 mil cientistas. Eles bateram 181 concorrentes. "Estou profundamente honrado", disse o americano, ganhador do Oscar de melhor documentário este ano com "Uma verdade inconveniente", sobre mudanças climáticas.
Famoso por suas belezas naturais, o Rio se vê ameaçado por vários problemas ambientais, que só se agravam. Paisagens que inspiraram canções são hoje o reflexo do descaso com o tema. "Aqui o peixe que mais dá é o peixe-Carrefour", brincou o gerente de transporte Ettore Lopes, 32 anos, que pesca na Baía de Guanabara, referindo-se a sacos plásticos de supermercados.
Alvo de programa de despoluição, o PDBG, desde o início dos anos 90, a Baía enfrenta problemas de poluição por esgoto, despejo de óleo e lixo. "No ritmo que a obra anda, a despoluição completa levará uns 50 anos", calcula o superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco. Segundo ele, os R$ 800 milhões previstos de gastos já passam de R$ 1 bilhão.
1,5 milhão sem esgoto - Diretamente ligado à poluição das águas do Rio, o saneamento básico ainda é um problema no estado. Mais de 1,5 milhão de fluminenses não são atendidos por rede de esgoto, segundo dados do IBGE. Mesmo quem já tem a rede coletora e mora em bairros nobres acaba despejando esgoto no mar, pois muitos condomínios de luxo da Barra ainda não foram conectados ao emissário.
O secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, aponta a favelização como um dos fatores responsáveis pela degradação do ecossistema: "ano que vem, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, esperamos investir R$ 200 milhões só na Baixada". A verba será aplicada em obras de saneamento nas comunidades carentes da região.
Carros poluentes serão barrados em 2008 Apontado como um dos principais fatores poluentes do ar no Rio, a emissão de gases de veículos será controlada com rigor a partir de 2008. Se o motorista não for ecologicamente correto o suficiente para manter seu carro dentro dos níveis de emissão aceitáveis, o Detran-RJ fará esse papel. Veículos poluidores serão reprovados na vistoria anual. Hoje, a medição já é feita, mas só tem caráter informativo.
Para a secretária municipal de Meio Ambiente, Rosa Fernandes, a falta de opções de transporte coletivo menos poluente, como o metrô, é um agravante. Mas são as contribuições individuais que podem fazer a diferença.Além do despejo de lixo em locais impróprios, o vandalismo prejudica o programa de plantio de árvores na cidade. Cerca de 70% das mudas plantadas são destruídas propositalmente, segundo a secretaria. "Por isso aumentamos a quantidade de mudas", explicou Rosa. E projetos para conscientizar a população estão sendo desenvolvidos.
"A reciclagem já ajuda" - Os brasileiros que participaram dos relatórios do IPCC são de quatro instituições: Fiocruz, USP, Inpe e Coppe. Entre eles está uma carioca que coordenou o capítulo-chave, sugerindo mudanças nos transportes. Suzana Kahn Ribeiro, da Engenharia de Transportes da Coppe-UFRJ, espera que o Nobel ajude a diminuir não só emissões de carbono, mas também as dificuldades dos pesquisadores do país.
Como você recebeu a notícia de que o IPCC venceu o Nobel da paz?
Um colega ouviu no rádio e ligou brincando que ganhei 1/12 mil avos do Nobel da Paz, mas não sei detalhes da premiação.
Qual vai ser o impacto dessa vitória?
O Nobel e qualquer publicidade em torno da mudança climática, inclusive o filme do Al Gore, independente do mérito científico, são muito positivos. Isso força a população a pressionar os governos por mudanças nas políticas públicas.
Você acha que o prêmio pode atrair investimentos em pesquisas?
Pode gerar mais apoio da iniciativa privada e do governo para os cientistas. O trabalho para o IPCC, por exemplo, é voluntário. Encontramos dificuldades para fazer referências a países subdesenvolvidos: há pouca coisa publicada.
Em que consiste sua parte na pesquisa?
Coordenei capítulo sobre como diminuir o efeito dos transportes - um dos setores com maior emissão de gases estufa e muito dependente do petróleo - no aquecimento global.
O que se pode fazer individualmente para diminuir o aquecimento?
Qualquer coisa para reduzir o consumo, como reciclagem e diminuição no consumo de água, já ajuda.
(Terra, O Globo e O Dia Online)
Brasileiros entre os vencedores do Nobel da Paz
Nove brasileiros fazem parte da equipe de cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, que levou nessa sexta-feira o Prêmio Nobel da Paz junto com o ex-vice-presidente americano Al Gore.
Para o climatologista José Marengo, um dos cientistas brasileiros no painel, o prêmio ajudará a mostrar que os alarmes por conta do aquecimento global "não são parte de uma conspiração política, mas de uma realidade que temos que enfrentar agora."
Apesar dos nove brasileiros em seu quadro, a maior parte dos três mil cientistas do IPCC são americanos. O prêmio de US$ 1,5 milhão - 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 2,8 milhões - será dividido entre os dois vencedores.
O Nobel da Paz anunciado ontem confirmou a importância que o meio ambiente ganhou para o mundo nos últimos anos. O alerta para a emergência global do tema veio do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), vencedores do prêmio. O título já foi concedido pela ONU a ativistas de direitos humanos, pesquisadores e economistas, entre outros. O alarme soou também no Rio de Janeiro.
O prêmio de US$ 1,5 milhão (R$ 2,8 milhões) vai ser dividido entre Gore, que prometeu doar sua fatia, e o IPCC, que tem 2,5 mil cientistas. Eles bateram 181 concorrentes. "Estou profundamente honrado", disse o americano, ganhador do Oscar de melhor documentário este ano com "Uma verdade inconveniente", sobre mudanças climáticas.
Famoso por suas belezas naturais, o Rio se vê ameaçado por vários problemas ambientais, que só se agravam. Paisagens que inspiraram canções são hoje o reflexo do descaso com o tema. "Aqui o peixe que mais dá é o peixe-Carrefour", brincou o gerente de transporte Ettore Lopes, 32 anos, que pesca na Baía de Guanabara, referindo-se a sacos plásticos de supermercados.
Alvo de programa de despoluição, o PDBG, desde o início dos anos 90, a Baía enfrenta problemas de poluição por esgoto, despejo de óleo e lixo. "No ritmo que a obra anda, a despoluição completa levará uns 50 anos", calcula o superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco. Segundo ele, os R$ 800 milhões previstos de gastos já passam de R$ 1 bilhão.
1,5 milhão sem esgoto - Diretamente ligado à poluição das águas do Rio, o saneamento básico ainda é um problema no estado. Mais de 1,5 milhão de fluminenses não são atendidos por rede de esgoto, segundo dados do IBGE. Mesmo quem já tem a rede coletora e mora em bairros nobres acaba despejando esgoto no mar, pois muitos condomínios de luxo da Barra ainda não foram conectados ao emissário.
O secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, aponta a favelização como um dos fatores responsáveis pela degradação do ecossistema: "ano que vem, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, esperamos investir R$ 200 milhões só na Baixada". A verba será aplicada em obras de saneamento nas comunidades carentes da região.
Carros poluentes serão barrados em 2008 Apontado como um dos principais fatores poluentes do ar no Rio, a emissão de gases de veículos será controlada com rigor a partir de 2008. Se o motorista não for ecologicamente correto o suficiente para manter seu carro dentro dos níveis de emissão aceitáveis, o Detran-RJ fará esse papel. Veículos poluidores serão reprovados na vistoria anual. Hoje, a medição já é feita, mas só tem caráter informativo.
Para a secretária municipal de Meio Ambiente, Rosa Fernandes, a falta de opções de transporte coletivo menos poluente, como o metrô, é um agravante. Mas são as contribuições individuais que podem fazer a diferença.Além do despejo de lixo em locais impróprios, o vandalismo prejudica o programa de plantio de árvores na cidade. Cerca de 70% das mudas plantadas são destruídas propositalmente, segundo a secretaria. "Por isso aumentamos a quantidade de mudas", explicou Rosa. E projetos para conscientizar a população estão sendo desenvolvidos.
"A reciclagem já ajuda" - Os brasileiros que participaram dos relatórios do IPCC são de quatro instituições: Fiocruz, USP, Inpe e Coppe. Entre eles está uma carioca que coordenou o capítulo-chave, sugerindo mudanças nos transportes. Suzana Kahn Ribeiro, da Engenharia de Transportes da Coppe-UFRJ, espera que o Nobel ajude a diminuir não só emissões de carbono, mas também as dificuldades dos pesquisadores do país.
Como você recebeu a notícia de que o IPCC venceu o Nobel da paz?
Um colega ouviu no rádio e ligou brincando que ganhei 1/12 mil avos do Nobel da Paz, mas não sei detalhes da premiação.
Qual vai ser o impacto dessa vitória?
O Nobel e qualquer publicidade em torno da mudança climática, inclusive o filme do Al Gore, independente do mérito científico, são muito positivos. Isso força a população a pressionar os governos por mudanças nas políticas públicas.
Você acha que o prêmio pode atrair investimentos em pesquisas?
Pode gerar mais apoio da iniciativa privada e do governo para os cientistas. O trabalho para o IPCC, por exemplo, é voluntário. Encontramos dificuldades para fazer referências a países subdesenvolvidos: há pouca coisa publicada.
Em que consiste sua parte na pesquisa?
Coordenei capítulo sobre como diminuir o efeito dos transportes - um dos setores com maior emissão de gases estufa e muito dependente do petróleo - no aquecimento global.
O que se pode fazer individualmente para diminuir o aquecimento?
Qualquer coisa para reduzir o consumo, como reciclagem e diminuição no consumo de água, já ajuda.
(Terra, O Globo e O Dia Online)
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Contabilidade Ambiental
01/06/07 Contabilidade Ambiental
Devido ao grande processo de globalização, a preocupação mundial em torno do meio ambiente caminha para um consenso em torno da adesão a um novo estilo de desenvolvimento que deve combinar eficiência econômica com justiça social e prudência ecológica. A combinação desses elementos somente será possível se houver um esforço conjunto de todos, com objetivo de no futuro, atingir o bem-estar.
A contabilidade, como meio de informação das transações e eventos econômicos, passíveis de mensuração, realizados pelas empresas e entidades, não pode ficar à margem das discussões sobre os problemas ecológicos e a busca de meios para resolvê-los. Sendo assim, a contabilidade ambiental é o conjunto de informações divulgadas pela contabilidade que engloba os investimentos realizados, seja aquisição de bens permanentes de proteção a danos ecológicos, de despesas de manutenção ou correção de defeitos ambientais do exercício em curso, de obrigações contraídas em prol do meio ambiente, e até medidas físicas, quantitativas e qualitativas, empreendidas para sua recuperação e preservação.
Nesta visão, os contadores têm um papel fundamental, visto que também compete a estes profissionais incentivar as empresas a implementarem gestões ambientais que possam gerar dados apresentáveis contabilmente nos balanços sociais e ambientais, além de criar sistemas e métodos de mensuração dos elementos e de mostrar ao empresário as vantagens dessas ações, pois sabe-se que é imprescindível conservar o meio ambiente. As inovações trazidas pela Contabilidade Ambiental estão associadas à definição do custo ambiental, a forma de mensuração do passivo ambiental, a utilização intensiva de notas explicativas abrangentes e o uso de indicadores de desempenho ambiental, padronizados no processo de fornecimento de informações ao público. Junto a essas variáveis, ainda está inserido o respeito ao meio ambiente, cuja incidência econômica, sócio-jurídica e cultural estão fora de qualquer questionamento e cujo impacto deve ser reconhecido na Contabilidade. A Contabilidade não vai solucionar os problemas ambientais, porém face à sua capacidade de fornecer informações, pode alertar os vários agentes sócio-ambientais para a gravidade do problema vivenciado, ajudando desta forma, na busca de soluções e na tomada de decisões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:ANDRADE, Eurídice Soares Mamede de. A Evidenciação dos Passivos Ambientais. Revista Pensar Contábil. Rio de Janeiro, n.º 09, p. 49-53, agosto-outubro de 2000.
BERGAMINI JÚNIOR, Sebastião. Contabilidade do Risco Ambiental. Disponível em <www.bndes.gov.br/conhecimento/rev1105.pdf> Acesso em 01/12/2005.
FERREIRA, Aracéli de Souza. Contabilidade Ambiental: Custos Ambientais – Uma Visão de Sistema de Informações. Trabalho apresentado no I Seminário de Contabilidade Ambiental, em Salvador – Bahia. Disponível em <http://www.wwiuma.org.br/contab_%3cfont%20color=#990000.htm> Acesso em 27 fev.2006.
KRAMER, M. E. P; TINOCO, J. E. P. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2004
LLENA, F. A Contabilidade Social. 2001. Disponível em http://www.5campus.com/
MARTINS, Guilherme de Oliveira. John Maynard Keynes. Diário Econômico. 07 set 2005. Disponível em http://www.diarioeconomico.com/. Acesso em 26 set 2005.
PAIVA, Paulo Roberto de. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Atlas S.A, 2003
SÁ, A. L. Contabilidade e balanço social. Disponível em www.crcmg.org.br/cenesco/contbal.htm
TINOCO, J. E. P. Balanço Social: Uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2001.
Devido ao grande processo de globalização, a preocupação mundial em torno do meio ambiente caminha para um consenso em torno da adesão a um novo estilo de desenvolvimento que deve combinar eficiência econômica com justiça social e prudência ecológica. A combinação desses elementos somente será possível se houver um esforço conjunto de todos, com objetivo de no futuro, atingir o bem-estar.
A contabilidade, como meio de informação das transações e eventos econômicos, passíveis de mensuração, realizados pelas empresas e entidades, não pode ficar à margem das discussões sobre os problemas ecológicos e a busca de meios para resolvê-los. Sendo assim, a contabilidade ambiental é o conjunto de informações divulgadas pela contabilidade que engloba os investimentos realizados, seja aquisição de bens permanentes de proteção a danos ecológicos, de despesas de manutenção ou correção de defeitos ambientais do exercício em curso, de obrigações contraídas em prol do meio ambiente, e até medidas físicas, quantitativas e qualitativas, empreendidas para sua recuperação e preservação.
Nesta visão, os contadores têm um papel fundamental, visto que também compete a estes profissionais incentivar as empresas a implementarem gestões ambientais que possam gerar dados apresentáveis contabilmente nos balanços sociais e ambientais, além de criar sistemas e métodos de mensuração dos elementos e de mostrar ao empresário as vantagens dessas ações, pois sabe-se que é imprescindível conservar o meio ambiente. As inovações trazidas pela Contabilidade Ambiental estão associadas à definição do custo ambiental, a forma de mensuração do passivo ambiental, a utilização intensiva de notas explicativas abrangentes e o uso de indicadores de desempenho ambiental, padronizados no processo de fornecimento de informações ao público. Junto a essas variáveis, ainda está inserido o respeito ao meio ambiente, cuja incidência econômica, sócio-jurídica e cultural estão fora de qualquer questionamento e cujo impacto deve ser reconhecido na Contabilidade. A Contabilidade não vai solucionar os problemas ambientais, porém face à sua capacidade de fornecer informações, pode alertar os vários agentes sócio-ambientais para a gravidade do problema vivenciado, ajudando desta forma, na busca de soluções e na tomada de decisões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:ANDRADE, Eurídice Soares Mamede de. A Evidenciação dos Passivos Ambientais. Revista Pensar Contábil. Rio de Janeiro, n.º 09, p. 49-53, agosto-outubro de 2000.
BERGAMINI JÚNIOR, Sebastião. Contabilidade do Risco Ambiental. Disponível em <www.bndes.gov.br/conhecimento/rev1105.pdf> Acesso em 01/12/2005.
FERREIRA, Aracéli de Souza. Contabilidade Ambiental: Custos Ambientais – Uma Visão de Sistema de Informações. Trabalho apresentado no I Seminário de Contabilidade Ambiental, em Salvador – Bahia. Disponível em <http://www.wwiuma.org.br/contab_%3cfont%20color=#990000.htm> Acesso em 27 fev.2006.
KRAMER, M. E. P; TINOCO, J. E. P. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2004
LLENA, F. A Contabilidade Social. 2001. Disponível em http://www.5campus.com/
MARTINS, Guilherme de Oliveira. John Maynard Keynes. Diário Econômico. 07 set 2005. Disponível em http://www.diarioeconomico.com/. Acesso em 26 set 2005.
PAIVA, Paulo Roberto de. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Atlas S.A, 2003
SÁ, A. L. Contabilidade e balanço social. Disponível em www.crcmg.org.br/cenesco/contbal.htm
TINOCO, J. E. P. Balanço Social: Uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2001.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Avanço em combate à poluição leva Nobel de Química
Avanço em combate à poluição leva Nobel de Química Alemão Gerhard Ertl recebeu o prêmio no dia em que completou 71 anos
Estocolmo - O alemão Gerhard Ertl ganhou nesta quarta-feira, dia em que completou 71 anos, o Prêmio Nobel de Química, em reconhecimento a um trabalho que contribuiu para a redução da poluição de automóveis e o estudo do buraco na camada de ozônio.A Real Academia Sueca de Ciências disse que o trabalho de Ertl sobre a química de superfícies destacou reações específicas - como a formação de amônia na produção de fertilizantes químicos a a - e estabeleceu as bases para toda uma pesquisa de campo."Suas percepções forneceram a base científica para a moderna química de superfícies: sua metodologia é usada tanto na pesquisa acadêmica quando no desenvolvimento industrial de processos químicos'', afirmou a academia.
Cientistas dizem que seu trabalho apressou o surgimento de novos catalisadores, úteis na redução da poluição dos automóveis, e contribuiu na produção de fertilizantes e remédios. Ertl foi diretor do Instituto Fritz-Haber da Sociedade Max-Planck para o Avanço da Ciência, de Berlim.
Esse ramo da ciência também ajuda a entender por que o ferro enferruja e é usado ainda na indústria dos semicondutores, segundo a academia.
O químico descobriu como usar diferentes métodos experimentais para obter um quadro completo de uma reação química sobre as superfícies. Por meio desta especialidade química pode-se explicar a destruição da camada de ozônio, pois alguns dos processos determinantes desta reação ocorrem na superfície dos pequenos cristais de gelo na estratosfera.
Ertl nasceu em Bad Cannstatt, fez doutorado na Universidade Técnica de Munique, em 1965, e foi professor de Química e de Física em universidades da Alemanha e dos Estados Unidos. Desde 2004 ele é professor emérito do Instituto Fritz-Haver da Sociedade Max-Planck de Berlim.
O pesquisador foi o segundo alemão a ser premiado este ano com um Nobel, depois de Peter Grünberg, que na terça-feira ganhou o de Física, junto ao francês Albert Fert. No ano passado, o Nobel de Química foi para o americano Roger D. Kronberg por suas pesquisas no campo da genética.
O Nobel de Química concede 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão) e será entregue junto aos outros prêmios em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.Este é o terceiro Nobel anunciado neste ano, depois dos prêmios de Medicina (segunda-feira) e Física (na terça). Quinta e sexta-feira serão os dias dos Nobel de Literatura e Paz, respectivamente. No dia 15, o Banco Central da Suécia anuncia o vencedor do prêmio de Economia, que não fazia parte da lista original de premiações instituída em 1895 no testamento do inventor Alfred Nobel e entregues desde 1901.
Estocolmo - O alemão Gerhard Ertl ganhou nesta quarta-feira, dia em que completou 71 anos, o Prêmio Nobel de Química, em reconhecimento a um trabalho que contribuiu para a redução da poluição de automóveis e o estudo do buraco na camada de ozônio.A Real Academia Sueca de Ciências disse que o trabalho de Ertl sobre a química de superfícies destacou reações específicas - como a formação de amônia na produção de fertilizantes químicos a a - e estabeleceu as bases para toda uma pesquisa de campo."Suas percepções forneceram a base científica para a moderna química de superfícies: sua metodologia é usada tanto na pesquisa acadêmica quando no desenvolvimento industrial de processos químicos'', afirmou a academia.
Cientistas dizem que seu trabalho apressou o surgimento de novos catalisadores, úteis na redução da poluição dos automóveis, e contribuiu na produção de fertilizantes e remédios. Ertl foi diretor do Instituto Fritz-Haber da Sociedade Max-Planck para o Avanço da Ciência, de Berlim.
Esse ramo da ciência também ajuda a entender por que o ferro enferruja e é usado ainda na indústria dos semicondutores, segundo a academia.
O químico descobriu como usar diferentes métodos experimentais para obter um quadro completo de uma reação química sobre as superfícies. Por meio desta especialidade química pode-se explicar a destruição da camada de ozônio, pois alguns dos processos determinantes desta reação ocorrem na superfície dos pequenos cristais de gelo na estratosfera.
Ertl nasceu em Bad Cannstatt, fez doutorado na Universidade Técnica de Munique, em 1965, e foi professor de Química e de Física em universidades da Alemanha e dos Estados Unidos. Desde 2004 ele é professor emérito do Instituto Fritz-Haver da Sociedade Max-Planck de Berlim.
O pesquisador foi o segundo alemão a ser premiado este ano com um Nobel, depois de Peter Grünberg, que na terça-feira ganhou o de Física, junto ao francês Albert Fert. No ano passado, o Nobel de Química foi para o americano Roger D. Kronberg por suas pesquisas no campo da genética.
O Nobel de Química concede 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão) e será entregue junto aos outros prêmios em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.Este é o terceiro Nobel anunciado neste ano, depois dos prêmios de Medicina (segunda-feira) e Física (na terça). Quinta e sexta-feira serão os dias dos Nobel de Literatura e Paz, respectivamente. No dia 15, o Banco Central da Suécia anuncia o vencedor do prêmio de Economia, que não fazia parte da lista original de premiações instituída em 1895 no testamento do inventor Alfred Nobel e entregues desde 1901.
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